domingo, 2 de junho de 2013

VERSOS PELA PAZ


II

 

seu corpo alvo me pedia festa

eu ria, sorvia, me lambuzava

untava você em seu próprio mel

fome...

 

era meu, o seu desejo

 o seu riso e o seu gozo

minina-mulher-amante

 generosa

em seus xeros

 seus toques

 suas umidades

 

assim se deu,

cedeu e conquistou

vitoriosa, não exibiu o troféu

guardou-o, teso, dentro de si

plena de mim, ali fiquei

ainda estou, sempre estarei,

em sua carne branca...

 

ali sempre estaremos, juntos

nas noites alvas,

insones, impregnadas

de saudade e vontade e entrega...

 

poucas noites são assim

as nossas noites são assim,

noites em que o mundo dorme melhor

em paz e feliz,

porque nós o velamos

o protegemos da dor, em nossa inefável

noite de amor.

 

2 comentários:

  1. Consegue pintar o cenário com todos os pormenores, usando nada mais do que palavras e a imaginação do leitor. Parabéns!
    Um abraço
    Ruthia d'O Berço do Mundo
    http://bercodomundo.blogspot.pt/

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  2. Gosto muito dos seus poemas, esse também achei lindo. Para mim é automático ir lendo e vendo as palavras se tornando imagens,seus poemas são marcantes.Adoro o que você escreve nessas suas noites de paz e algo mais.

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