sexta-feira, 17 de maio de 2013

DESCONCERTO


há uma desordem no momento
foi assim que o caos se tornou mundo
e o poeta se fez pleno,
o amante ficou àquela noite
até o sol entardecer,
o tenor acordou mudo
o silêncio...
o silencio era festa
sentimento que se manifesta em versos
uivos em elipse, metáforas, sintaxes
eu quero asas, coxas, lábios
entrar um corpo por inteiro
simbolismo a escorrer pelos espelhos
de toda a verdade, só essa interessa
de toda a fantasia, despir o sentimentalismo
realidade é o que nos resta
jogada sobre a cama,
entre o batom e o vinho
caminho nos absurdos dessa delicadeza
sou presa da ordem, dos artifícios, dos ofícios
no momento a desordem,
uma fera que ronda a madrugada
excitada por sua jugular, ou seu sorriso...

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