há uma
desordem no momento
foi assim que
o caos se tornou mundo
e o poeta se
fez pleno,
o amante
ficou àquela noite
até o sol
entardecer,
o tenor
acordou mudo
o silêncio...
o silencio
era festa
sentimento
que se manifesta em versos
uivos em
elipse, metáforas, sintaxes
eu quero
asas, coxas, lábios
entrar um
corpo por inteiro
simbolismo a
escorrer pelos espelhos
de toda a
verdade, só essa interessa
de toda a
fantasia, despir o sentimentalismo
realidade é o
que nos resta
jogada sobre
a cama,
entre o batom
e o vinho
caminho nos
absurdos dessa delicadeza
sou presa da
ordem, dos artifícios, dos ofícios
no momento a
desordem,
uma fera que
ronda a madrugada
excitada por
sua jugular, ou seu sorriso...
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